Dizem que em toda crise também se encontram novas oportunidades. É por isso, talvez, que tantas ideias de negócios estão surgindo nos últimos meses.
O empreendedorismo na pandemia é uma realidade e muitas empresas estão surgindo nesse período difícil que a sociedade está atravessando.
Para você ter uma ideia, de acordo com uma reportagem da Agência Brasil, o número de microempreendedores individuais (MEIs) cresceu 14,8% em 2020, comparando o mesmo período em 2019.
Neste artigo, apresentaremos alguns cases de empreendedorismo na pandemia, que podem servir como exemplos. Siga a leitura!
Empreendedorismo na pandemia: caminho para quem deseja mais autonomia na carreira
Ainda de acordo com a matéria da Agência Brasil, foram mais de 10,9 milhões de novos microempreendedores que registraram os seus negócios no ano passado.
É claro que esse número não cresceu apenas pela vocação empreendedora dessas pessoas. Seria errado “romantizarmos” a situação em que o mundo e, principalmente, o nosso país atravessa.
A pandemia do novo coronavírus agravou muito a crise econômica, que já estava estabelecida no país. Muitas pessoas perderam os seus empregos formais ou tiveram a renda diminuída.
Sem perspectiva, esses trabalhadores precisaram ser criativos para conseguir sobreviver e isso explica esse grande “boom” do empreendedorismo na pandemia.
Porém, ao tocarem os próprios negócios, muitas vezes as pessoas percebem que podem ter muito mais autonomia e controle em suas carreiras. Dessa forma, tomam gosto pela coisa e não pretendem mais voltar ao mercado como funcionários.
O empreendedorismo na pandemia, portanto, pode servir como um “empurrão” para quem já sonhava há tempos em abrir o próprio negócio, mas sempre tinha medo de perder a estabilidade da carteira assinada.
4 exemplos de empreendedorismo na pandemia para se inspirar
Para que você possa se inspirar, vamos apresentar uma série de negócios que surgiram durante a pandemia. Talvez eles possam fazer você “acender uma luz” e também tirar do papel boas ideias para empreender. Veja!
1. Onii
A Onii é uma franquia de lojas de conveniência autônoma, que foi criada por empreendedores de São Carlos, São Paulo, logo nos primeiros meses da pandemia.
Desde que o novo coronavírus surgiu, as autoridades de saúde recomendaram que as pessoas saíssem de casa apenas para atividades essenciais, como ir ao supermercado, por exemplo.
Que tal então levar esse estabelecimento para o pátio desses consumidores? Foi esse o pensamento que os criadores da Onii tiveram.
O negócio se resume a uma loja de conveniência autônoma, que funciona sem atendentes ou vendedores, em um container, localizado nos pátios dos condomínios.
A ideia é que os moradores do condomínio possam fazer as suas compras de supermercado, sem ter que percorrer por grandes trajetos e ter contato com outras pessoas.
Por meio de um aplicativo, o cliente abre a porta da loja, escaneia os códigos de barras dos produtos que deseja adquirir e faz o pagamento via cartão de crédito.
Em poucos meses, a Onii se expandiu e hoje está presente em diversas cidades e estados brasileiros.
2. BNYOU
Outro exemplo de empreendedorismo na pandemia é o BNYOU, aplicativo que conecta clientes a profissionais da beleza. O serviço foi criado por empreendedores da região Sul do país e faz muito sucesso nas cidades em que opera: Curitiba, Cascavel e Balneário Camboriú.
Pelo aplicativo, profissionais da beleza, como cabeleireiros, maquiadores, manicures, entre outros, podem se cadastrar e receber chamados dos usuários. Assim, se deslocam até a casa dos clientes para prestar o atendimento, evitando aglomerações.
O serviço também é uma alternativa interessante para que os profissionais da beleza continuem trabalhando. Isso mesmo em cidades e regiões onde os protocolos sanitários exigem o fechamento dos salões.
3. Miscelânia
A Miscelânia é mais um exemplo de negócio que surgiu a partir das necessidades que surgiram com a pandemia.
Trata-se de um comércio delivery de plantas, que não consiste apenas na comercialização. Seu diferencial é oferecer uma consultoria para escolher as melhores espécies para cada perfil de cliente, considerando variáveis como o local em que ele mora.
A ideia de criar esse negócio partiu de uma profissional que ficou sem emprego na pandemia e percebeu como as pessoas passaram a cuidar mais de suas casas nesse período de isolamento.
A empreendedora, que tinha o hobby de cultivar plantas de diversas espécies, transformou isso em negócio. Dessa forma, conseguiu empregar o vasto conhecimento que tinha na área em uma nova atividade profissional, que tem se mostrado bem lucrativa.
Essa, aliás, é uma boa dica para quem pretende empreender: busque criar um negócio em uma área que você goste e que já tenha certo domínio.
4. Freelas
A pandemia também fez com que muitas pessoas empregadas precisassem de uma renda extra, atuando como freelancers. De olho nessa demanda, uma empreendedora criou a plataforma Freelas.
Trata-se de uma plataforma digital que conecta mulheres empreendedoras a empresas que desejam contratar freelancers. O negócio também tem a função social de diminuir a diferença de gênero no mercado e estimular o empreendedorismo feminino.
Na Freelas, profissionais das mais diversas áreas podem se cadastrar, como professoras, psicólogas, jornalistas, advogadas, fisioterapeutas, relações públicas, entre tantas outras funções.
Esses exemplos de empreendedorismo na pandemia mostram como os momentos de instabilidade trazem novas oportunidades, que abrem brechas para novos negócios.
Porém, para ter sucesso na vida empreendedora, não basta ter boas ideias. Também é preciso investir em qualificação profissional. Baixe o nosso infográfico que fala sobre como se preparar para o mercado de trabalho no pós-pandemia e saiba mais!