Falar do papel da mulher no mercado de trabalho não é mais tabu. O assunto tem ganhado cada vez mais espaço nas rodas de conversa devido à sua relevância.
A participação da mulher no mercado de trabalho é uma realidade inquestionável. Por isso, refletir sobre os desafios enfrentados por elas no dia a dia é muito importante.
Neste post, faremos uma reflexão sobre o que precisa ser mudado para que homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades. Acompanhe!
Contexto histórico
A história nos mostra que as mulheres precisaram lutar para ter os mesmos direitos que os homens. Durante muitos anos e em diferentes culturas, elas eram criadas apenas para cuidar do lar.
O movimento feminista surgiu entre o final do século XIX e o começo do século XX. Naquela época, as mulheres foram para as ruas para lutar pelo direito de votar. Estavam em busca de igualdade política.
Essa primeira onda de protestos foi fundamental para impulsionar a segunda fase do movimento. A busca por igualdade social e de direitos marcou as décadas de 60 e 90.
Graças a esses dois períodos, muita coisa avançou de lá para cá. A força feminina deixou as casas e ganhou espaço no mercado de trabalho.
Além disso, elas perceberam a importância da coletividade. Passaram a se juntar para batalhar pelo que desejavam.
Mulher no mercado de trabalho
Foi-se o tempo em que havia divisão de profissões para mulher e para homem. Hoje as mulheres mandam bem dos canteiros de obra aos laboratórios de programação.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 48,5% das mulheres com mais de 15 anos trabalham em todo o mundo. Apesar do número estar crescendo, ainda é baixo quando comparado ao dos homens. 75% do público masculino com a mesma idade têm uma profissão.
Essa diferença pode ser resultado dos serviços domésticos, assumidos, normalmente, por elas. Em grande parte das famílias, as mulheres ainda são responsáveis por cuidar da casa e criar os filhos.
Maternidade e trabalho
Conciliar maternidade e profissão não é tarefa fácil para elas. Quem decide engravidar ainda enfrenta muito preconceito no mercado de trabalho.
As leis trabalhistas asseguram que a mãe não pode ser demitida durante a gestação. Porém, em muitos casos, isso acontece após o retorno da funcionária após a licença-maternidade.
O que poderia ser um período para curtir o bebê acaba se tornando um momento de aflição e ansiedade.
Um estudo da OIT apontou que elas têm mais chances de ficar desempregadas. Em 2018, 6% delas estavam neste grupo contra apenas 0,8% deles.
Mesmo quando elas continuam empregadas, ainda há desafios a vencer. Com quem deixar os filhos? O que fazer quando eles adoecem? Como amamentar pelo menos por 6 meses, como pede a OMS, com apenas 4 meses de licença maternidade?
Essas são apenas algumas dúvidas que circulam nos grupos de mães. O que prova que elas ainda precisam ser mais bem compreendidas.
Trabalho invisível
Toda mulher tem múltiplas funções. É funcionária, esposa, mãe, amiga… por trás de cada papel desses há uma dose de esforço não reconhecido.
Pense, por exemplo, em quem deixou o serviço para cuidar dos filhos. Ao longo do dia, essa pessoa é responsável por educar uma criança e tomar várias decisões sozinhas.
Na cabeça dela, passam muitas possibilidades. Qual deve ser o cardápio do almoço? O que comprar de presente para o aniversário do colega do filho? Qual é o horário do remédio do filho?
Essa situações cotidianas mostram que além das preocupações profissionais, elas estão sempre de cabeça cheia. Exercem diariamente um trabalho invisível, sem reconhecimento.
Líderes em sala de aula
Nem mesmo o cansaço das muitas atividades diárias é capaz de afastá-las das salas de aula. Após um dia exaustivo de trabalho ou de cuidados do lar, elas ainda arrumam tempo para estudar.
Segundo o IBGE, 23,5% das brasileiras com mais de 25 anos possuem curso superior. Entre os homens, o índice é de apenas 20,7%.
Elas parecem mesmo ser apaixonadas pelos livros. Têm sede de conhecimento e não se cansam de buscar qualificação profissional.
A maior escolaridade, no entanto, ainda não é recompensada de forma justa pelo mercado de trabalho. Uma pesquisa da Oxfam Brasil revelou que elas ganham 70% do salário dos homens no país.
A injustiça ainda é maior quando observamos que eles são maioria nos cargos de liderança. Um levantamento do IBGE apontou que a participação feminina nessas funções caiu de 40% para 38%. Os dados são relativos ao período de 2014 a 2018.
Políticas públicas
As políticas públicas de apoio à mulher são fundamentais para corrigir as desigualdades sociais. É papel do governo garantir que meninas e meninos tenham as mesmas oportunidades desde a pré-escola.
Para corrigir as injustiças, é preciso promover a igualdade por meio de projetos de médio e longo prazo.
Além disso, os órgãos públicos também devem entender as características de cada grupo para aplicar a equidade. A ideia é simples: entender as necessidade de cada conjunto de pessoas e respeitá-las.
Imagine, por exemplo, duas mulheres diferentes – uma jovem estudante universitária e uma mãe solteira desempregada. Cada uma delas tem suas próprias necessidades. Por isso, é preciso aplicar a equidade para atendê-las em suas diferenças.
Como fazer a sua parte
Como você pode perceber, as mulheres são maioria em diferentes contextos da sociedade. Se por um lado conquistaram mais respeito, por outro ainda precisam lutar para combater as desigualdades.
Há um longo caminho a percorrer para superar todas esses desafios. Portanto, devemos começar a transformação por cada um de nós.
Para isso, os homens devem entender o real sentido de respeito amplo às mulheres e de divisão de tarefas. Podem também contribuir para empoderar as filhas, fazendo-as entender que são capazes do que quiserem.
É preciso que os empresários se comprometam a ajudar as mulheres a cumprir seu papel de funcionárias e mães. Escolher entre uma das duas coisas não pode ser uma decisão forçada. Deve acontecer apenas quando for uma iniciativa espontânea.
É muito importante continuar batalhando pela igualdade de direitos da mulher no mercado de trabalho. Falar de feminismo não pode ser um tabu. Deve ser parte do dia a dia das escolas e faculdades.
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