Quer saber tudo sobre o Sisu? Então, você chegou ao lugar certo! Passada a prova do Enem, é hora de começar a se preparar para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada, conhecido popularmente apenas como Sisu.
O programa do Ministério da Educação funciona como um banco de vagas para as universidades públicas brasileiras. Então, se você quer estudar em uma dessas Instituições de Ensino Superior (IES), deve ter na ponta da língua todos os detalhes do processo.
Neste artigo, vamos contar tudo o que você precisa saber sobre o Sisu por meio de respostas práticas, exemplos reais e, é claro, links úteis.
Vamos lá! E lembre de prestar atenção em todos os detalhes, combinado?
O que é Sisu?
O Sistema de Seleção Unificada, popularmente conhecido como Sisu, é um programa do governo federal que reúne vagas em universidades públicas de todo o Brasil e utiliza a nota do Enem para selecionar estudantes para o ensino superior.
O programa foi criado por meio da Portaria Normativa MEC n.º 2, de 26 de janeiro de 2010. Dois anos depois, passou a ser regido pela Portaria Normativa nº 21, de 5 de novembro de 2012.
Se você quer cursar o ensino superior em uma universidade pública, não precisa mais se inscrever em vários vestibulares pelo país. Basta apenas se candidatar apenas no Sisu.
Na prática, os estudantes ganharam mais chances de serem aceitos na universidade. Além disso, poupam tempo e dinheiro investidos nos processos seletivos de diferentes IES pelo país.
Graças ao Sisu, é possível se candidatar a vagas de todo Brasil sem ser necessário o deslocamento geográfico.
Quem pode se inscrever no Sisu?
Ao contrário de programas como Fies e Prouni, não há limitação de renda para participar do Sisu.
Qualquer pessoa que tenha feito o Enem no ano anterior pode concorrer a uma vaga nas universidades federais. O único critério para isso é não ter zerado a prova de redação.
Existem três tipos de concorrência possíveis no caso do Sisu:
- Ampla concorrência: destinada a jovens que não se encaixam em nenhum tipo de cota ou critério de baixa renda.
- Cotas: a Lei n.º 12.711, de 2012 determina a reserva de 50% das vagas para alunos que concluíram o ensino médio em escola pública, negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.
- Modalidade ofertada por cada instituição de ensino: cada universidade pode implantar a sua própria política de inclusão, com uma ou mais políticas afirmativas para minorias sociais.
É importante frisar que o Sisu é um sistema independente dos vestibulares tradicionais. Por isso, não há nenhum impedimento em se inscrever nos dois tipos de processo simultaneamente. Pelo contrário, essa atitude é até mesmo recomendada, uma vez que assim você aumenta as suas chances de aprovação.
Além disso, participar do Sisu não tem nenhuma relação com concorrer a bolsas do Programa Universidade para Todos, o Prouni, ou se inscrever no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Todos esses programas são autônomos.
Portanto, é importante planejar em quais deles você se encaixa para aproveitar todas as oportunidades.
Diferença entre Sisu, Prouni e Fies
Vamos conhecer agora a diferença entre os três programas do governo federal para estudantes universitários, o Sisu, o Prouni e o Fies. Confira:
- Sisu: oferece vagas em universidades públicas, com seleção baseada exclusivamente na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
- Prouni: concede bolsas de estudo integrais ou parciais em instituições privadas, também usando a nota do Enem, mas exige critérios socioeconômicos específicos.
- Fies: programa de financiamento estudantil em faculdades privadas, permitindo que o estudante pague a mensalidade após a formatura, com juros baixos ou zero.
Siga a FECAP nas redes sociais para conferir sempre informações atualizadas sobre Sisu, Prouni e Fies!
Como funciona o Sisu?
O Sisu funciona como um sistema online em que os candidatos disputam vagas em IES públicas usando a nota do Enem.
Durante o período de inscrição, o sistema calcula automaticamente a classificação parcial, levando em conta as notas dos candidatos, os pesos definidos por cada curso e as notas de corte (que mudam diariamente).
Ao final do prazo, o sistema seleciona os estudantes com as maiores notas dentro do número de vagas disponíveis para cada curso e modalidade (ampla concorrência ou cotas).
Como calcular sua nota no Sisu
Cada instituição define pesos diferentes para as áreas do Enem (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Redação), conforme o perfil do curso.
Por exemplo: cursos de Engenharia costumam dar maior peso para Matemática, enquanto Medicina prioriza Ciências da Natureza.
Assim, para calcular a sua nota, é preciso:
- Verificar os pesos definidos pela instituição para o curso desejado.
- Multiplicar a sua nota em cada área pelo respectivo peso.
- Somar os resultados e dividir pela soma dos pesos.
O que é nota de corte no Sisu
A nota de corte é a menor nota necessária para estar entre os candidatos provisoriamente classificados em determinada vaga. Ela é atualizada diariamente, refletindo a concorrência de cada curso.
Desse modo, a nota de corte serve como referência para o candidato avaliar suas chances, mas não garante a aprovação.
Como funciona a lista de espera
Após a chamada regular, os candidatos que não foram selecionados em nenhuma das opções podem manifestar interesse em participar da lista de espera. Essa lista é usada pelas instituições para preencher vagas que sobrarem.
A convocação dos candidatos é feita diretamente pelas universidades, e os prazos são definidos por cada uma, exigindo atenção constante aos cronogramas.
Tudo sobre o Sisu 2026: o que esperar?
O Sisu 2026 deverá seguir o modelo baseado na nota do Enem 2025 para seleção em universidades públicas, com inscrições no início do ano e previsão também para segunda edição no meio do ano. Inclusive, já existem cronogramas estimados que apontam para inscrições em janeiro (1º semestre) e junho (2º semestre).
Embora ainda não haja confirmação oficial completa, algumas previsões e projeções já permitem antecipar prazos, etapas e estratégias para quem pretende participar:
Datas importantes do Sisu 2026
A seguir, as datas previstas (não oficiais) para o Sisu 2026:
| Etapa | 1º semestre estimado | 2º semestre estimado |
| Inscrições | Final de janeiro de 2026 | Início de junho de 2026 |
| Divulgação do resultado (chamada regular) | Final de janeiro | Início de junho |
| Matrícula dos selecionados | Entre final de janeiro e início de fevereiro | Metade de junho |
| Manifestação de interesse na lista de espera | Entre final de janeiro e início de fevereiro | Metade de junho |
Lembre que essas datas são estimativas com base em cronogramas preliminares, matérias jornalísticas e padrões adotados nos últimos anos. Sempre verifique o edital no site oficial quando for publicado.
Em relação ao número de vagas, ainda não há anúncio consolidado para 2026. Em 2025, o Sisu ofertou 261.779 vagas para 6.851 cursos de 124 instituições.
Mudanças em relação a anos anteriores
Conheça, agora, algumas mudanças ou possibilidades para 2026 que já vêm sendo ventiladas ou que se destacam com base nos últimos anos:
- Calendário ajustado com Enem: a divulgação da nota do Enem em meados de janeiro favorece que o Sisu comece em seguida, com menos tempo entre etapas.
- Regras e critérios mantidos com ajustes pontuais: não zerar a redação, não participar como “treineiro”, uso da nota do Enem mais recente, entre outros.
- Ajustes em cotas, pontuação mínima ou pesos: conforme demandas regionais ou normativas federais. As IES podem alterar pesos ou definir notas mínimas.
Como se preparar
Para aumentar suas chances no Sisu 2026, é bom adotar estratégias com bastante antecedência. Entre elas, destaque para:
Fazer e mandar bem no Enem 2025
É o Enem que vai definir a sua participação no Sisu 2026. Portanto, foque em obter boas notas, especialmente nas áreas mais valorizadas pelo curso que você almeja, e não zerar a redação.
Acompanhar editais anteriores e notas de corte históricas
Analise os pesos e notas de corte dos cursos de seu interesse em edições passadas para estimar metas pessoais.
Preparar documentos antecipadamente
Ter RG, CPF, comprovantes de escolaridade e documentos exigidos para cotas prontos ajuda muito quando o período de inscrição e matrícula abre. E atenção: as janelas de tempo costumam ser curtas.
Manter-se informado sobre os prazos e publicações oficiais
Fique ligado no portal do MEC, no Acesso Único, nas redes sociais e nos sites oficiais do Sisu para não perder nenhuma informação.
Simular escolhas durante o período de inscrição
À medida que as notas de corte parciais são divulgadas, é possível ajustar suas escolhas de curso para maximizar chances.
Planejar para a lista de espera
Mesmo que você não seja selecionado na chamada regular, manifestar interesse na lista de espera pode garantir vaga futura. Então, fique atento ao prazo dessa manifestação e ao funcionamento da lista nas universidades.
Como se inscrever no Sisu?
A seleção do Sisu ocorre duas vezes ao ano. Normalmente, em dezembro ou janeiro e maio ou junho. Funciona em substituição ao calendário tradicional de vestibular.
Para participar do processo, é preciso acessar o site oficial e cadastrar seus dados. O sistema lhe pedirá para informar dois tipos de cursos de graduação que sejam do seu interesse.
Importante: a primeira opção de curso deve ser pensada com cuidado! Não adianta tomar decisões precipitadas e sair dando tiros no escuro. Apenas a primeira escolha de curso possui lista de espera. Portanto, suas chances de ser aprovado nessa graduação é maior.
Tenha em mente quais são suas habilidades e competências antes de fazer a escolha profissional. Escolha uma carreira pensando em critérios como afinidade, mercado de trabalho e possibilidade de crescimento.
Ah! Vale lembrar que a segunda opção de curso também é valiosa. Afinal, se você não for aprovado na primeira chance, será automaticamente redirecionado a ela.
Por isso, o se você está em dúvida de como escolher o curso ideal, pare para pensar. Faça um momento de autorreflexão para identificar quais as profissões que combinam com você.
Tome a decisão com calma e não se deixe levar pela opinião dos outros ou só por questões financeiras. Desta maneira, você evita frustrações após começar o curso e a atuar na área.
Passo a passo da inscrição no Sisu
Antes de começar a sua inscrição, é essencial entender cada etapa do processo para evitar imprevistos e aumentar as suas chances de conquistar a vaga desejada, certo? Por isso, confira, agora, o passo a passo da sua inscrição no Sisu:
- Confira a elegibilidade: certifique-se de ter participado do Enem exigido (última edição válida) e não ter zerado a redação.
- Crie/ative seu login gov.br (Acesso Único): o acesso ao Sisu é feito por essa conta; verifique e-mail e celular.
- Reúna informações do curso desejado: saiba campus, turno, modalidade (ampla/cotas) e os pesos do curso.
- Acesse o portal do Sisu durante o período de inscrições e faça login com gov.br.
- Escolha até duas opções de curso: coloque como 1ª opção o curso que você mais deseja (se for selecionado na 1ª, não passará para a 2ª).
- Submeta a inscrição (o sistema salva automaticamente). Você pode alterar enquanto o período estiver aberto; o sistema considera a última submissão.
- Acompanhe a classificação parcial e as notas de corte diariamente e, se necessário, ajuste suas opções.
- No dia do resultado, confira se foi selecionado. Se selecionado, siga as instruções da instituição para matrícula. Se não, manifeste interesse na lista de espera.
- Guarde comprovantes: capture telas/prints da inscrição e da confirmação (caso precise comprovar algo).
Documentos necessários para confirmar a vaga
As exigências variam por instituição, mas normalmente incluem:
- Histórico escolar do ensino médio ou certificado de conclusão do ensino médio.
- RG (ou documento de identificação oficial com foto).
- Certidão de nascimento ou casamento.
- Cadastro de Pessoa Física (CPF).
- Comprovante de residência.
Sempre consulte o edital/portaria de matrícula da universidade responsável, pois algumas exigem formulários online, assinaturas digitalizadas ou uploads antes da matrícula presencial.
Erros comuns ao se inscrever no Sisu
Muitos candidatos cometem erros simples que podem comprometer a vaga no Sisu. Entre os principais estão:
- Não validar a conta gov.br antes do prazo começar.
- Escolher a ordem errada de preferência de cursos.
- Desconhecer os pesos e notas mínimas exigidas.
- Esquecer que zerar a redação elimina da seleção.
- Deixar a inscrição para a última hora.
- Não acompanhar as notas de corte.
- Perder prazos importantes.
Além disso, não manifestar interesse na lista de espera ou não preparar os documentos necessários para a matrícula são falhas frequentes. Atenção e planejamento fazem toda a diferença no resultado.
Como acompanhar a nota do Sisu?
O sistema do Sisu emite em tempo real qual é a lista de classificação dos candidatos. Quanto mais pessoas concorrendo a uma vaga, maior o desafio da aprovação.
As notas de corte podem ser acompanhadas a partir do segundo dia após a inscrição no programa. Depois dessa data, recomenda-se entrar no sistema diariamente para avaliar suas chances de aceitação no processo seletivo.
É importante acompanhar se suas oportunidades estão diminuindo para um determinado curso e uma faculdade. Assim, você poderá agir rapidamente, trocando a opção selecionada e aumentando as suas chances.
Um fato curioso sobre a nota de corte dos cursos é que algumas faculdades atribuem pesos diferentes para cada disciplina. Por exemplo: algumas faculdades de Medicina atribuem pesos maiores às notas dos candidatos em Ciências da Natureza.
Existem, ainda, alguns casos em que a universidade exige nota mínima em todas as áreas do conhecimento. Essa prática visa garantir a qualificação dos candidatos aprovados.
Preparar-se é a chave!
O artigo “Tudo sobre o Sisu: seu guia completo” foi revisado pela equipe da FECAP antes da publicação; por isso, pode ficar tranquilo quanto à veracidade das informações, ok?
E lembre-se: o Sisu é uma das principais portas de entrada para o ensino superior público no Brasil. Preparar-se e usar estratégias inteligentes pode fazer toda a diferença no resultado.
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