As Ciências Econômicas são uma área de conhecimento ampla, que oferece aos profissionais inúmeras possibilidades de atuação. São diversas áreas, entre o setor público e o privado, que você pode trabalhar e aplicar os seus conhecimentos. 

Se você se interessa por economia e ainda não está certo sobre qual carreira seguir, este post foi feito para você. Confira o texto e descubra tudo sobre o curso de ciências econômicas.

O que é o curso de Ciências Econômicas?

Com duração média de 4 a 5 anos, o curso de Ciências Econômicas dedica-se aos estudos dos processos de produção, distribuição e acumulação de bens materiais. Além disso, também se preocupa com condicionantes sociopolíticas, tecnológicas, gerenciais e naturais que influenciam esses processos.

Os profissionais que fazem a graduação em Ciências Econômicas são habilitados a analisar as oscilações econômicas nos mais diversos setores da sociedade. Também formulam estratégias de ação que vislumbram o equilíbrio financeiro-administrativo e a continuidade dos processos.

As principais competências ensinadas em um curso de Ciências Econômicas é a análise de processos de produção, distribuição, uso e acúmulo de bens materiais sob diferentes óticas. 

Considerada uma área de conhecimento interdisciplinar, por transitar entre os saberes das Ciências Exatas e Humanas, o curso de graduação em Ciências Econômicas é oferecido somente na modalidade bacharelado.

Grade curricular do curso de Ciências Econômicas

O curso de Economia é composto por disciplinas teóricas e, aos poucos, vai ficando mais específico. É comum que os dois primeiros anos da faculdade de Economia conte com matérias como Fundamentos da Teoria Econômica, Economia Matemática, Contabilidade e Análise de Balanço, entre outras.

A partir do terceiro ano, são incluídas disciplinas como Engenharia Financeira, Microeconomia Aplicada e Macroeconomia Aplicada.  

Outra dúvida comum dos futuros estudantes da faculdade de Economia é “Tem muita Matemática no curso de Economia?” E a resposta é sim, tem. Porém, não se preocupe. Ainda que desejável, saber matemática não é tudo. Afinal, o curso de Ciências Econômicas é muito mais do que fórmulas e cálculos. 

O perfil do cientista econômico

A característica principal de um bom cientista econômico é a capacidade de interpretar as informações e variações que acontecem na sociedade. E, depois disso, transformá-las em estratégias de ação.

Para isso, o profissional precisa estar sempre atualizado sobre os acontecimentos do país e do mundo. Também deve conhecer a história da região onde atua e suas influências. Só assim ele será capaz de traçar projeções e fazer estimativas econômicas efetivas.

Esse conhecimento nos leva a outra competência fundamental, que é a capacidade de prever e analisar cenários econômicos de forma ampla. E, ao mesmo tempo, focada. Por isso, o cientista econômico precisa ser organizado, estrategista e responsável. Além de gostar de números, é claro.

Como já destacamos, a matemática é parte importante  do curso superior de Economia, o que justifica a habilidade com os cálculos. No entanto, o conhecimento acerca do comportamento humano é igualmente importante. 

Na maioria das vezes, as relações políticas e sociais são os fatores centrais de uma oscilação no mercado econômico. Por isso, é importante estar por dentro do assunto para conseguir solucioná-las.

O que faz a pessoa formada em Ciências Econômicas?

Os egressos da Economia atuam, principalmente, em atividades que definem políticas econômicas para empresas e solução de problemas financeiros da mesma.  

Também fazem pesquisa e análise de comportamento de produtos conforme as regras econômicas mudam. Além disso, estabelecem programas para melhorar o fluxo econômico da organização e fazem a análise de distribuição econômica para resolver problemas de distribuição de recursos. 

Em Ciências Econômicas também costuma se representar a rotina da profissão pela definição de políticas econômicas para a empresa dentro do contexto de mercado. Dessa forma, é possível garantir que suas contas sempre fiquem equilibradas. 

Ademais, os profissionais da área elaboram modelos temáticos com técnicas que representem fenômenos o fluxo econômico e estudos e análises de natureza econômica no campo da mercadologia. 

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Áreas de atuação do profissional de Economia

Você pode se perguntar: quem estuda Ciências Econômicas trabalha em quê? Como a economia está presente em praticamente todos os campos da sociedade, o mercado de trabalho do economista é amplo e possível em diversas áreas.

Quem se forma no curso de Economia pode atuar em organizações privadas, públicas, institutos e até mesmo de forma independente. Dito isso, falamos sobre algumas áreas da Economia a seguir.

Economia Empresarial

Planejamento financeiro é item fundamental para ampliar seus negócios. Neste sentido, os profissionais de Economia são peças-chave nesse processo de crescimento. Para tanto, realizam estudos sobre a viabilidade econômica dos projetos. E também buscam oportunidades de negócio para garantir o crescimento da empresa que representam.

Economia de Setor Público

O economista trabalha em diversas instâncias governamentais, em níveis municipal, estadual e nacional.

Algumas rotinas de trabalho do setor são elaboração de orçamentos, arrecadações federais, Lei de Responsabilidade Fiscal, entre outras atividades.

Economia Ambiental

Aqui o profissional une aspectos de crescimento econômico relacionados com o meio ambiente. O principal foco é diminuir os impactos oriundos do crescimento econômico acelerado. 

Uma nova área e em expansão, a Economia Ambiental é marcada pela busca da preservação dos recursos naturais. Nela também se avalia como a utilização deles pode afetar o sistema econômico. 

Economia do Agronegócio

O setor do agronegócio está sempre atento ao andamento da economia. Isso porque precisa planejar o andamento de sua produção, auxiliado por estudos econômicos que prevejam o desempenho agrícola em um período.

Quem trabalha com economia faz estudos sobre as transações do setor, bem como a análise de demanda de produtos e diferentes formas de comercialização. Assim, é possível ter base para previsões macroeconômicas que ajudem na tomada de decisões. 

Economia da Saúde

Os economistas aplicam teorias econômicas para opinar sobre o investimento de recursos públicos e privados em saúde.

Nesta área, uma das grandes preocupações é promover a equidade de acesso aos serviços do setor. Os profissionais da área fazem análises como distribuição geográfica, idade, condições socioeconômicas, entre outras, a fim de alocar recursos adequados no setor. 

Além disso, a profissão conta com outras áreas em ascensão, como a de pesquisa, com foco em finanças, direito e economia internacional.

Os profissionais do setor também podem trabalhar com consultoria, políticas públicas, comércio exterior, ONGs e perícia.

Qual o melhor curso: Economia ou Contabilidade?

Depende. Se você está na dúvida entre Ciências Econômicas e Ciências Contábeis, depende do seu perfil e do que busca em um curso.

Se você deseja uma formação mais prática, dinâmica e com certa flexibilidade e autonomia, talvez a Contabilidade seja a melhor opção para você. Agora, caso queira uma graduação mais teórica, com imersão nos livros e muita pesquisa, a Economia talvez seja a melhor pedida. 

Média salarial do cientista econômico

Segundo dados do site Salário, egressos de cursos de economia ganham, em média, R$ 6.622,15 por uma jornada de 42 horas semanais. Os dados do site foram coletados a partir de análises de dados de órgãos como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Lembrando que os salários podem variar segundo o tamanho das empresas, o setor de atuação e a experiência profissional de cada um. Sobre isso, trazemos aqui a média salarial conforme a experiência do formado em Economia:

  • Recém-formado: R$ 4.785,41;
  • Nível Júnior (até 4 anos de formado): R$ 6.343,01;
  • Nível Pleno (4 a 6 anos de carreira): R$ 7.175,40;
  • Nível Sênior (mais de 6 anos de carreira): R$ 8.619,31

Além disso, há a média salarial para a pessoa economista conforme diferentes áreas de atuação. Destacamos algumas a seguir

  • Corretoras de títulos e valores imobiliários: R$ 9.838,75;
  • Consultoria em gestão empresarial: R$ 7.594,39;
  • Analista de controle orçamentário: R$ 4.850,40;
  • Servidor público (economista): R$ 8.863,74;
  • Analista de projetos industriais: R$ 5.722,32;
  • Administração de fundos: R$ 6.630,88;
  • Bancos multiplos: R$ 11.009,71.

A região onde está localizada cada empresa e seu local de atuação também podem interferir na média salarial de seus funcionários. Atualmente, os estados do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo concentram os melhores salários para os profissionais das Ciências Econômicas.

Aproveitamos também para salientar que é só com o ensino superior que é possível exercer a profissão de economista. É com o diploma expedido por uma instituição credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) que é possível realizar o registro profissional no Conselho Regional de Economia (Corecon) e atuar efetivamente na área. 

Diferença de Ciências Econômicas e Economia

Os termos Ciências Econômicas e Economia ainda causam certa confusão entre os alunos dessa área de conhecimento. Muitos estudantes dizem que “estudam Economia” ou que estão estudando para serem “formados em Economia”. A realidade é que esse é um equívoco.

O conceito de Economia relaciona-se ao conjunto de atividades produtivas, comerciais, financeiras, de transporte e armazenagem. Além disso, também avaliam o modo de produção de um determinado espaço em um determinado período de tempo. 

Já o termo Ciências Econômicas trata da área do conhecimento que explica o funcionamento dessa “economia de mercado” ou desse conjunto de atividades que acabamos de citar. A Ciência Econômica, ainda, procura elaborar modelos de funcionamento do sistema, para facilitar a interpretação e manutenção do mesmo.

Em outras palavras, a Economia é o objeto de estudos da Ciência Econômica. Ou seja, o cientista econômico é o profissional que estuda a Economia ou sistema econômico de um país, cidade, região ou instituição.

Como escolher uma boa faculdade de ciências econômicas?

Para escolher uma boa faculdade de Ciências Econômicas, antes de mais nada, é importante verificar se ela é reconhecida pelo MEC. Feito isso, é hora de conferir a grade curricular do curso, fazer uma pesquisa sobre o corpo docente e a estrutura oferecida pela instituição. Também vale ver se ela atende às suas expectativas e necessidades.

Ainda, é recomendável pesquisar itens como a reputação da instituição em questão, olhar os prêmios e as certificações que ela possui perante órgãos credenciados de educação, como o próprio MEC e o Índice Geral de Cursos. 

Uma boa dica é conversar com outras pessoas que passaram pela faculdade e pedir que contem sobre suas experiências. Levante o máximo de informações que puder: essa é a melhor forma de se preparar para fazer uma escolha consciente e certeira.

Agora que você já sabe tudo sobre Ciências Econômicas, ficou ainda mais fácil tomar sua decisão. Lembre-se que nessa área de conhecimento é possível seguir diferentes caminhos, o que cria um horizonte inteiro de possibilidades à sua frente.

Chegou a sua vez de dar um passo em sua carreira! Inscreva-se já no curso de Ciências Econômicas da FECAP e arrase no mercado de trabalho!